Trabalhadores, Organizações e Disputas Políticas na Última Década
da Primeira República
O objetivo deste artigo é debater as relações políticas entre trabalhadores e suas organizações com intendentes, conselheiros municipais e deputados durante as eleições e atos públicos no sul da Bahia durante a década de 1920. Pretendo perceber como os sujeitos elaboraram suas ações na política coronelista, observando que apesar das forças políticas e econômicas originadas das oligarquias regionais, os trabalhadores podiam participar daquela experiência política no sentido de tirar suas vantagens para sobreviver e manter suas organizações. Diante destas experiências, refletir sobre o conceito de Coronelismo como parte das relações paternalistas em que a dominação não foi exercida sem participação e confrontação dos “de baixo”. Como fontes, utilizei atas das entidades operárias do sul da Bahia, jornais de circulação regional, estatutos e atas dos poderes públicos de Ilhéus e Itabuna.
Philipe Murillo Santana de Carvalho.
História - Novos Objetos
Na chamada escola positivista, temos a visão de uma História que busca nos documentos a confirmação dos fatos. Em História - Novos objetos, os autores Jacques Le Goff e Pierre Nora vem de uma nova vertente da História, a terceira geração dos Annales, a qual inclui a utilização de novas fontes e auxilio de outras ciências como a etnografia e a arqueologia, etc, registros deixados pelo homem e que podem servir para complementar o estudo da humanidade no tempo.
O Mundo Como Representação
O editorial da primavera de 1988 dos Annales convida os historiadores a uma reflexão comum a partir de uma dupla constatação. Por uma lado, afirma a existência de uma " crise geral das ciências sociais", que se nota tanto no abandono dos sistemas globais de interpretação, destes "paradigmas dominantes" que foram, durante certo tempo, o estruturalismo ou o marxismo, quanto na rejeição proclamada das ideologias que lhe haviam garantido o sucesso (ou seja, a adesão a um modelo de transformação radical, socialista, das sociedades ocidentais capitalistas e liberais). Por outro lado, o texto não aplica à história a íntegra de tal diagnóstico, pois conclui: "Não nos parece chegado o momento da hipótese de uma crise da história, que alguns aceitam com excessiva comodidade". A história é, pois, vista como uma disciplina ainda sadia e vigorosa, no entanto atravessada por incertezas devidas ao esgotamento de suas alianças tradicionais (com a geografia, a etnologia, a sociologia), e à obliteração das técnicas de tratamento, bem como dos modos de inteligibilidade que davam unidade a seus objetos e a seus encaminhamentos. O estado de indecisão que a caracteriza hoje em dia seria, portanto, algo como o próprio reverso de uma vitalidade que, de maneira livre e desordenada, multiplica os campos de pesquisa, as experiências, os encontros.
Roger Chartier.
As Primeiras Civilizações - Jaime Pinsky
Historiador Jaime Pinsky em seu
livro, “As primeiras civilizações”, desenvolve as suas análises de
desenvolvimento do homem pré-histórico para o homem atualmente conhecido como
civilizado, se baseando de forma análoga ao atual comportamento humano. Segundo
o autor a concepção de evolução do que hoje chamamos de homo sapiens é atribuída
aos materiais que o mesmo desenvolve na sua cadeia evolutiva ao longo da
história, para que com esses instrumentos se tenha análise completa do
cotidiano na época datada. A estrutura social também é investigada, na divisão
de tarefas do trabalho de subsistência da época assim como suas atribuições
para cada sexo. A hierarquização da estrutura político-social é outra análise
feita pelo autor ao longo do seu livro.
Mabel Freitas, Irenilda Coutinho, Vinicius Oliveira.
O livro tem o objetivo de demonstrar que o conhecimento é uma construção cultural e que a escola tem um comprometimento político, de caráter ao mesmo tempo conservador e inovador. Inicia com uma visão sobre o conhecimento para a seguir rebater a ideia de que o conhecimento seja uma “descoberta”. Em continuação, volta sua atenção para a escola e suas práticas, enfatizando o sentido social do trabalho pedagógico e acenando com a possibilidade do conhecimento como ferramenta da liberdade e do poder de convivência entre iguais.
A Escola e o Conhecimento - Mario Sergio Cortella
O livro tem o objetivo de demonstrar que o conhecimento é uma construção cultural e que a escola tem um comprometimento político, de caráter ao mesmo tempo conservador e inovador. Inicia com uma visão sobre o conhecimento para a seguir rebater a ideia de que o conhecimento seja uma “descoberta”. Em continuação, volta sua atenção para a escola e suas práticas, enfatizando o sentido social do trabalho pedagógico e acenando com a possibilidade do conhecimento como ferramenta da liberdade e do poder de convivência entre iguais.
O Ressurgimento da Narrativa: Reflexões Sobre Uma Nova Velha História
Desde Tucídidese Tácito a Gibbon e Macaulay, a composição de uma narrativa em prosa viva e elegante sempre foi considerada como sua maior ambição. A história era vista como um ramo da retórica. Nos últimos cinquenta anos, porém, essa função de contar estórias adquiriu uma reputação negativa entre os que se consideram a si mesmos na vanguarda da profissão, os praticantes da chamada "nova história" do período posterior a Segunda Guerra Mundial.Na França, o contar estórias foi desqualificado como "historie événementielle". Agora, porém, vejo sinais de uma tendência subterrânea que vem atraindo muitos "novos historiadores"importantes de volta para alguma forma de narrativa.
Lawrence Stone.
Literatura Afro-Brasileira
Faixas etárias da população
escolar brasileira. Considerando o atendimento à demanda de projetos
educacionais empreendidos pelas associações culturais e pelos grupos organizados
do Movimento Negro, notadamente os cursos de pré-vestibular, os cursos
profissionalizantes e os cursos noturnos em geral, a Fundação Cultural
Palmares, entidade vinculada ao Ministério da Cultura, adotou como prioridade a
produção de suportes pedagógicos apropriados aos jovens e adultos, público alvo
destes projetos. Para tanto foi estabelecido um convênio com a Universidade
Federal da Bahia, através do Centro de Estudos Afro-Orientais-CEAO, para a
realização de concursos nacionais para a elaboração de dois vídeos
documentários e de três livros, um dos quais é este volume que apresentamos. O
resultado exitoso deste projeto deveu-se à participação de todos os
especialistas que integraram as comissões julgadoras, ao empenho administrativo
da Profa. Mestra Martha Rosa Queirós Jocélio Telles, Diretor do CEAO-UFBA.
Agradecemos especialmente à liderança acadêmica do Prof. Dr. João José Reis e
da Profa. Dra. Florentina Souza. Para assegurar o acesso de todos educadores
aos resultados deste projeto, desde já estão franqueados os respectivos
direitos de reprodução a todos os sistemas públicos de ensino e a todos empreendimentos
educacionais comunitários. Acreditamos que o ensino da História e da Cultura
Afro- Brasileiras representará um passo fundamental para um convívio social
caracterizado pelo mútuo respeito entre todos os brasileiros, na medida em que
todos aprenderão a valorizar a herança cultural africana e o protagonismo
histórico dos africanos e de seus descendentes no Brasil.
Ubiratan Castro de Araújo – Presidente
da Fundação Cultural Palmares
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